No primeiro trimestre de 2023, a Caixa Econômica Federal divulgou um lucro líquido de R$1,9 bilhão, representando uma queda de 23,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em relação ao último trimestre de 2022, houve uma diminuição de 5,3%. Apesar disso, a carteira de crédito do banco registrou um aumento significativo, alcançando R$1,037 trilhão em março, um crescimento de 16,6% em relação a março de 2022.
Destacam-se os incrementos nas carteiras voltadas para o setor imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) (21,6%), consignado (20,4%) e agronegócio (125,8%) nos últimos 12 meses.
No primeiro trimestre deste ano, o banco registrou um saldo positivo em sua carteira imobiliária, alcançando a marca de R$659,3 bilhões, o que representa um aumento de 14,4% em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, a instituição financeira consolidou sua posição no mercado de financiamentos imobiliários, com uma participação de 66,5%.
No setor do agronegócio, o banco também apresentou resultados promissores, com um saldo na carteira de R$47,9 bilhões em março. Essa cifra representa um crescimento significativo de 125,8% em relação ao mesmo período de 2022.
Analisando os diferentes segmentos, no setor de Pessoa Física (PF), o banco obteve um crescimento notável de 204,4% nos últimos 12 meses, totalizando R$35,9 bilhões. Já no segmento de Pessoa Jurídica (PJ), o crescimento foi de 27,2%, atingindo um saldo de R$12 bilhões.
Enquanto aos créditos…
A linha de crédito consignado também teve um desempenho positivo, encerrando o trimestre com um saldo de R$103,2 bilhões, representando um crescimento de 20,4% em relação ao mesmo período de 2022.
Ao longo do primeiro trimestre, o banco concedeu um total de R$127,6 bilhões em crédito, o que equivale a um aumento de 17,2% em comparação aos últimos 12 meses. Esses números demonstram um desempenho sólido da instituição financeira no mercado, refletindo sua capacidade de atender às necessidades de crédito de diversos setores da economia.
No primeiro trimestre deste ano, o crédito imobiliário no Brasil registrou um aumento significativo, alcançando um total de R$41,4 bilhões em contratações. Isso representa um crescimento de 19,6% em relação ao mesmo período de 2022. Dentro desse montante, as contratações de crédito imobiliário SBPE atingiram R$21,3 bilhões, apresentando uma ligeira redução de 0,3% em comparação ao ano anterior. Já as contratações de crédito imobiliário FGTS totalizaram R$20,1 bilhões, demonstrando um crescimento notável de 51,5%.
No entanto, um dado relevante a se destacar é o aumento da taxa de inadimplência do banco público, que encerrou o trimestre em 2,73%. Esse índice representa um acréscimo de 0,4 ponto percentual em relação aos últimos 12 meses. É importante ressaltar que esse aumento foi influenciado por um cliente específico do setor de saneamento/infraestrutura. Se esse cliente em questão for desconsiderado, a taxa de inadimplência seria de 2,38%.
A Caixa Econômica Federal divulgou que as operações de infraestrutura registraram um saldo de R$97,4 bilhões, representando um aumento de 5,7% em comparação ao mesmo período do ano passado. O banco enfatizou a importância dessas operações, destacando sua relevância e protagonismo no desenvolvimento econômico do país. A Caixa informou que essas atividades estão incluídas em sua atuação estratégica.
De acordo com o banco, a maior parte da carteira de crédito, correspondendo a 92% do saldo, é composta por operações com garantias reais. Essas operações são predominantemente de longo prazo, sendo a carteira imobiliária responsável por 63,6% do total da carteira. Esse dado demonstra a concentração significativa de investimentos no setor imobiliário.
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Informações retiradas de Lucas Bombana à Folha