A Espanha aprovou uma nova lei sobre moradia que busca lidar com a crise habitacional enfrentada pelo país. A legislação traz uma medida inovadora: a possibilidade de regular o preço dos aluguéis em áreas consideradas “tensionadas”, onde os inquilinos gastam mais de 30% de seus salários para pagar o aluguel.
A crise habitacional na Espanha teve início após o estouro da bolha imobiliária no início dos anos 2000, deixando milhares de pessoas sem moradia e sobrecarregando o mercado de aluguel. Especialistas comparam essa situação com a realidade atual do Brasil, especialmente em São Paulo, que também passou por um “boom” imobiliário a partir de 2014 e enfrenta desafios semelhantes no mercado de aluguel.
De acordo com a colunista Raquel Rolnik, o mercado imobiliário em São Paulo está passando por mudanças significativas, semelhantes ao que ocorreu na Espanha. Um segmento econômico que anteriormente não tinha acesso à casa própria, agora está adquirindo imóveis, especialmente apartamentos compactos com até 35 m². Esses apartamentos estão concentrados nas regiões centrais e mais consolidadas da cidade, como o centro e o sudoeste.
Essa tendência tem levado ao aumento do mercado de aluguel, incluindo o aluguel de curta permanência. No entanto, essa explosão no preço por metro quadrado de área construída está impactando negativamente o mercado de aluguel, tornando o custo do aluguel mais elevado. Raquel destaca a possibilidade de tensões futuras devido ao aumento das despesas com aluguel, maior potencial de despejos e a necessidade de regulamentação do mercado de aluguéis.
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Informações retiradas do Jornal USP