O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 26, que o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação mensal, registrou alta de 0,57% em abril. Essa prévia apresentou uma desaceleração pelo segundo mês consecutivo. Além disso, no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação no Brasil manteve-se em seu menor nível em mais de dois anos.
Em comparação ao mês anterior, a variação de preços em abril apresentou uma desaceleração, já que em março o IPCA-15 havia registrado um aumento de 0,69%. O resultado ficou ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, que previam uma variação em torno de 0,61%, com um acumulado de 4,20% nos últimos 12 meses.
De acordo com o índice de abril, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 4,16%. Enquanto isso, no IPCA oficial, a inflação no país apresentou um acumulado de 12 meses até março de 4,65%. Em março, a inflação teve uma alta de 0,71%.
Em abril, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta no índice, embora alguns grupos, como o de alimentação, tenham apresentado uma desaceleração em relação a março. O ovo de galinha subiu para 4,36%, enquanto a batata inglesa, a cebola e as carnes tiveram quedas respectivas de 7,31%; 5,64% 1,34%.
O grupo de Transportes teve o maior impacto no índice geral, registrando a maior alta (1,44%), que inclui os preços dos combustíveis.
Qual a previsão da inflação para o Brasil em 2023?
De acordo com a última edição do boletim Focus, publicada em 24 de abril, a previsão dos analistas é de que a inflação para 2023 será de 6,04%.
Entenda o que é o IPCA e do que ele é composto
O IBGE calcula o IPCA com base em uma cesta de produtos e serviços que são consumidos pela população brasileira. O índice tenta medir a “variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos”, de acordo com o IBGE, e é dividido em nove grupos: Alimentação e Bebidas, Habitação, Artigos de Residência, Vestuário, Transportes, Saúde e Cuidados Pessoais, Despesas Pessoais, Educação e Comunicação.
Cada grupo contém dezenas ou até centenas de itens, cujos preços são monitorados para calcular o valor final do IPCA. Além disso, os itens têm pesos diferentes no cálculo do índice, sendo que itens menos consumidos pela população, como as passagens aéreas, têm menos peso do que itens mais utilizados, como o transporte público.
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Fonte: Exame