O mercado imobiliário em Portugal está em crise, com a população lutando por moradias acessíveis, enquanto o país registra um recorde de vendas de imóveis em 2022. Foram vendidos 168 mil imóveis, gerando um lucro de €31 bilhões, mas a inflação no mercado imobiliário também foi inédita, com alta de 12,6%. A maioria dos compradores tem domicílio fiscal em Portugal, e os demais são investidores portugueses e estrangeiros residentes no país.
Apesar de fatores como redução do poder de compra e aumento das prestações do crédito, Portugal registrou um recorde de vendas de imóveis em 2022, com as maiores quantidades de vendas ocorrendo nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, além das regiões norte, centro e Algarve. No entanto, a população dos grandes centros ainda enfrenta dificuldades para encontrar imóveis acessíveis para alugar, e até mesmo mudar para cidades menores se tornou economicamente inviável em muitos casos.
A resposta uniforme do Estado e do mercado para explicar a crise imobiliária em Portugal tem sido a lei da oferta e demanda, o que tem contribuído para uma situação de sobra de imóveis à venda e falta de imóveis para alugar. O preço dos aluguéis está cada vez mais elevado, e imóveis com aluguéis entre €750 e €1 mil são cada vez mais raros e encontram inquilinos rapidamente.
O pacote de habitação recém-lançado pelo governo português visa colocar milhares de unidades no mercado e forçar proprietários a disponibilizar imóveis fechados para aluguel. No entanto, a população está insatisfeita com promessas anteriores que não se concretizaram, e protestos por habitações dignas aconteceram em sete cidades, incluindo confrontos entre a polícia e manifestantes em Lisboa. A situação evidencia a crise imobiliária em Portugal, marcada por recordes de vendas e inflação de preços.
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Informações retiradas do Globo
