A crise financeira que vem sendo anunciada desde o início do mês nos Estados Unidos abalou a economia mais forte do mundo e afetou a confiança dos investidores, se alastrando rapidamente para outras instituições bancárias tradicionais, inclusive na Europa.
A quebra de instituições financeiras, como o Credit Suisse, que foi comprado pelo rival UBS em um acordo histórico mediado pelo governo suíço, deflagrou a fragilidade e os riscos que tais acontecimentos trazem para todo o sistema financeiro mundial neste momento.
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, o maior nível desde dezembro de 2016. A decisão foi unânime e justificada pela crise dos bancos no exterior, a piora do cenário interno e externo, e a pressão inflacionária persistente. A crise mundial dos bancos traz fatores de risco para a economia brasileira, afetando a Selic, inflação, bolsa e dólar.
Com relação ao câmbio, o dólar vem oscilando frente às incertezas internas e externas, acumulando queda desde o início do mês, mas com indicativos de que deverá se manter próximo aos patamares atuais.
As projeções indicam que a Selic deve permanecer próxima do patamar atual, pelo menos, até o final de 2023. É importante ressaltar que o cenário econômico é sempre sujeito a mudanças e, portanto, essas projeções podem sofrer alterações ao longo do tempo.
Com todo esse cenário de instabilidade, o Ibovespa continua acumulando perdas diárias, fechando em forte queda no dia 23/3, com investidores acompanhando os novos episódios de tensão entre governo federal e Banco Central e repercutindo a decisão de juros no Brasil e nos Estados Unidos. O índice vem oscilando diariamente, com melhora a partir de 28/3, quando voltou aos patamares dos 100 mil pontos. Um certo alívio, no entanto, ainda muito longe do ideal.
Como fica o mercado imobiliário neste cenário de instabilidade e de riscos para os investimentos financeiros?
O setor imobiliário é um importante balizador para a economia brasileira, já que faz parte da construção civil, uma das principais cadeias produtivas do país. O impacto direto ou indireto no setor imobiliário afeta a economia brasileira e vice-versa.
A atual crise financeira global e o desempenho das instituições envolvidas, nos EUA, Europa e no Brasil, estão causando instabilidade e perdas financeiras para investidores do mercado de capitais brasileiro, prolongando esse quadro indefinidamente.
Na contramão de todo esse cenário de instabilidade, perdas financeiras e risco inflacionário, o setor imobiliário vem acumulando, desde o fim de 2022 e início de 2023, altas recorrentes, tanto em demanda, com recorde de vendas, quanto em valorização acima da inflação, o que vem surpreendendo analistas que classificam esse movimento em pelo menos quatro principais pilares:
1. Imóvel: segurança patrimonial em qualquer cenário
Historicamente, tempos de instabilidade, seja de ordem econômica, financeira ou mesmo de confiança em qualquer que seja o cenário, o investimento em imóveis sempre foi o porto seguro de quem busca segurança, solidez e perenidade para os investimentos.
2. A valorização imobiliária no Distrito Federal
Segundo a Abecip, o Distrito Federal apresentou a maior valorização de imóveis no país, com 16,77%, seguido por Salvador e Curitiba. O presidente da Ademi-DF, Eduardo Aroeira, afirmou que essa valorização acima da média nacional e alta nas vendas em 2022 traz alegria ao setor, pois o imóvel sempre foi garantia de investimento seguro e rentabilidade na capital.
3. O INCC x IPCA 2023: oportunidade para se investir em imóveis na planta
O INCC, índice que reajusta os custos da construção civil, acumulou reajustes acima da inflação até meados de 2022, devido ao aumento dos insumos durante a pandemia. Agora, com o equilíbrio entre oferta e demanda, o índice está voltando ao normal, o que pode ser uma oportunidade para quem busca investir em um imóvel na planta. A valorização desses imóveis em 2023 deve ficar acima da inflação oficial, como ocorreu no ano passado.
4. Aumento da demanda por imóveis novos no DF
A volatilidade das bolsas e a incerteza financeira levaram investidores tradicionais a migrarem para o mercado imobiliário, contribuindo para o aumento da demanda e dos preços dos imóveis, que já acumulam valorização acima da inflação e da Selic. O investimento em imóveis se consolida como principal alternativa à crise do setor financeiro e continuará atraindo mais consumidores, contribuindo para o crescimento da economia e garantindo segurança patrimonial às famílias brasileiras.
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Informações retiradas do Metrópoles