De acordo com o Índice Especulômetro EXAME-Loft, a especulação imobiliária em São Paulo está estável em março deste ano, com uma média de 17,39%. O índice mede a diferença média de preço entre o valor pedido pelo proprietário e o valor efetivamente acertado em contrato, permitindo oportunidades de negociação para quem deseja comprar um imóvel.
A análise é baseada em valores anunciados e dados do ITBI divulgados pela Prefeitura de São Paulo. A especulação acumula uma alta de 0,78 ponto percentual desde o início da série em junho de 2022.
Onde a especulação imobiliária aumentou em São Paulo?
O levantamento trimestral analisou 57 bairros em São Paulo e identificou que três deles apresentaram tendência de alta na especulação imobiliária: Vila Leopoldina, Jardim Europa e Bosque da Saúde.
Na Vila Leopoldina, a diferença entre o preço anunciado e o valor de fechamento do contrato nas transações é de 21,99%. Para sair da estabilidade, é necessário que a variação agregada do período de três meses seja igual ou superior a 10 pontos percentuais. Já no Jardim Europa, a diferença é de 8,99% e, no Bosque da Saúde, de 21,23%.
Onde a especulação é maior na cidade de São Paulo?
Os bairros citados acima apesar do aumento da especulação imobiliária, eles não apresentam o maior indicador, quando se trata desse assunto. De acordo com o levantamento, os bairros com maiores indicadores de especulação neste mês são Jardim Paulistano (28,66%), Barra Funda (29,21%) e Paraíso (29,21%).
O Jardim Paulistano é destaque na Loft e a região avança 3 posições, se tornando o bairro com maior diferença entre preço por metro quadrado pedido e anunciado. Os principais elementos da especulação neste bairro são a elevação do preço pedido, a idade dos imóveis, de 48 anos e a tipologia, média de 130 metros quadrados, associada ao aquecimento da demanda.
Na Barra Funda, o preço por metro quadrado médio dos anúncios manteve-se constante, enquanto o preço médio das transações apresentou crescimento. A tipologia média transacionada foi de 70m² e idade de 11 anos. Em razão da alteração dos imóveis transacionados no bairro, imóveis menores, o indicador perde força e desce 1 posição no ranking.
No bairro do Paraíso: Os preços médios dos anúncios e transações mantiveram-se constantes. O mix de imóveis transacionados permaneceu similar ao mês de fevereiro, com idade média dos imóveis de 36 anos. O bairro segue aquecido e o indicador de especulação apresenta o mesmo padrão do período anterior.
“Imóveis maiores e mais antigos tendem a apresentar maior variabilidade do preço/m² em razão da escassez de transações similares que sirvam como referência”, explica Rodger Campos, economista da Loft. “A dinâmica do negócio imobiliário requer que avaliação do mercado imobiliário seja tanto pela ótica agregada (crédito e demanda, por exemplo) quanto microeconômica (localização e idade do ativo, por exemplo), buscando dessa forma compreender os motores desse mercado e as oportunidades existentes dentro da cidade.” Completa Rodger.
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Informações retiradas do Exame