A China vem enfrentando uma crise imobiliária após medidas de restrição contra o Covid-19. Os impactos negativos dessa decisão estão cada vez mais notórios na economia do país. Para frear a recessão, a China reduz juros de hipotecas na tentativa de aquecer mercado imobiliário além do mínimo do governo central.
A medida ocorre em um momento em que a desaceleração econômica tem deixado os possíveis compradores de imóveis incertos sobre suas rendas futuras, diminuindo as expectativas de crescimento dos preços em um setor crucial da economia.
O Banco do Povo da China (PBoC, o banco central) disse este mês que as autoridades locais podem definir um piso de taxa mais baixo do que o governo central, ou eliminá-lo totalmente, se os preços da habitação caírem no mês e no ano por três meses consecutivos.
A medida surgiu em meados de setembro e deveria se encerrar em 2022, no entanto, ela foi prorrogada e não possui prazo de expiração.
Das 70 cidades pesquisadas, cerca de 55 cidades viram os preços de venda de novas moradias caírem em relação ao mês anterior, segundo mostram dados do governo divulgados na segunda-feira. A média geral das cidades rastreadas caiu 0,25%, continuando uma sequência de perdas de 16 meses, a mais longa vista em 9 anos.
A taxa mínima de hipoteca é fixada em 0,2% acima da taxa básica de juros, que está atualmente em 4,1% ao ano. A taxa média nacional de hipotecas ficou em 4,26% no mês passado, de acordo com o banco central – a mais baixa desde 2008.
A China também está relaxando as limitações de empréstimos para construtoras depois que as restrições impostas no verão de 2020 deixaram muitos sem dinheiro e incapazes de concluir projetos habitacionais.
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Informações retiradas da Valor Econômico