As lojas Americanas (AMER3) apresentou inconsistências financeiras no balanço de mais de R$20 bilhões impactando fortemente o mercado nesta quinta-feira (12). Apesar da companhia abrir as negociações depois das 14h, os bancos e outras empresas varejistas apresentaram queda desde o começo do pregão.
Entre os fundos que têm a Americanas como inquilino, o mais recente foi o da renovação de contrato da Bresco Logística. Em novembro de 2022 anunciou um novo acordo para a locação do imóvel em Contagem-MG até 30 de setembro de 2027.
Segundo especialistas, os dois casos mais preocupantes são: da GGR Covepi Renda FII, que está comprando o último terreno da CSHG Fundo Logística, em Uberlândia-MG, o que deve aumentar a participação da varejista na receita do fundo; e o Max Retail, que tem um terço da receita atrelada à Americanas.
Durante uma live, Marcos Baroni, especialista em fundos imobiliários da Suno Research, afirmou que ainda não podemos determinar a profundidade do impacto do “risco sacado” a ponto de gerar uma insolvência na companhia e, consequentemente, ela não ter mais capital para honrar seus contratos de locação.“
O especialista também afirma que se a companhia parar de pagar o aluguel, a situação da empresa tende a piorar. Vale destacar que a grande diferença entre as ações da varejista e os fundos relacionados é que, enquanto o desempenho da companhia impacta diretamente o primeiro ativo, os FIIs podem ficar desocupados pela Americanas. Mas, em seguida, outro inquilino pode ocupá-los, retomando a dinâmica de investimentos.
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Informações retiradas do Estadão