Entrou em vigência neste domingo, dia 1º, a medida que proíbe estrangeiros de comprarem imóveis na zona urbana do Canadá até 2025. O objetivo do governo é minimizar a crise imobiliária, priorizando os cidadãos canadenses. As exceções à regra são refugiados e residentes permanentes.
A criação da medida temporária de Proibição de Compra de Propriedade Residencial por Não-Canadenses foi uma das propostas do primeiro-ministro Justin Trudeau na campanha eleitoral de 2021.
“Casas são para pessoas, não para investidores”, havia dito o partido de Trudeau no painel eleitoral, citando problemas como “moradias vazias e subutilizadas, especulação desenfreada e preços disparados“.
No final de 2022, o governo esclareceu que ela só vale para os imóveis em cidades, não se aplicando a propriedades recreativas, como casas de veraneio.
Mas porque essa decisão?
Em fevereiro de 2022, o país registrou o maior preço médio de venda de casa, batendo U$ 647.340 (cerca de R$ 3 milhões e meio). Só em 2021, o valor de uma propriedade subiu em 20%, o que acumulou uma alta de 50% nos últimos anos. Na última década, o custo dos imóveis subiu em mais de 5% por ano.
Segundo o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, os principais responsáveis
pelo aumento dos preços das residências são os multimilionários estrangeiros que
investem no mercado imobiliário para multiplicar a própria fortuna.
“O desejo de casas canadenses está atraindo aproveitadores, corporações ricas e investidores estrangeiros. Isso está levando a um problema real de moradias vazias e subutilizadas, especulação desenfreada e preços disparados. Casas são para pessoas, não para investidores”.
Para Trudeau, a medida é uma forma de estabilizar os preços no mercado imobiliário no país, que enfrenta problemas de acesso à moradia. Dentro dos países que formam o G7, grupo com as nações mais industrializadas do mundo, o Canadá alcançou a maior desigualdade entre renda e preços de imóveis.
Se vai funcionar ninguém sabe, mas estão todos atentos a estranha solução.
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