Além dos Estados Unidos, Japão, China e outros… a Suécia é mais um país que entrou na lista dos que estão correndo risco de recessão imobiliária. O preço das casas já caíram 14%. As principais instituições suecas dizem que o número pode chegar de -18% a -20%, e podem cair ainda mais até o final de 2023.
A queda é incomum em um país onde as correções anteriores foram superficiais e de curta duração, e muitos jovens compradores de imóveis nunca experimentaram um colapso do mercado imobiliário.
Após ser um dos poucos países que ficaram de fora do “boom” imobiliário e da crise financeira de 2008, agora o mercado imobiliário nórdico não conseguiu escapar e enfrenta a pior crise desde os anos 90. Especialistas da Oxford Economics, anteciparam há apenas algumas semanas a queda brutal que o mercado imobiliário enfrentava em todo o mundo. A Suécia foi um dos países marcados por este golpe no mercado residencial, juntamente com os EUA, Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido.
O “boom” imobiliário na Suécia ganhou força significativa no período pós pandemia, com o aumento da capacidade de poupança das famílias e do momento favorável, com as taxas de juros baixíssimas. Mas como nem tudo são flores, em seguida as famílias suecas passaram a enfrentam um elevado endividamento, agravado pelo aumento do número de hipotecas e a atual subida das taxas de juros.
De acordo com dados da European Mortgage Federation, 44% das famílias suecas têm uma hipoteca de taxa variável. Em tentativa de conter a crise, o Banco Central Sueco, fez mais um aumento na taxas de juros em 0,75 pontos. Também há previsões de mais 0,25 pontos em fevereiro. O Riksbank estimou também que uma família em Estocolmo com empréstimos, podem ver os custos indiretos com a casa aumentarem em 60% no próximo ano.
De acordo com os analistas o número de casas construídas em 2023 será 50% inferior a 2021. Entretanto, a oferta de habitação aumentou 49% enquanto o volume de transações caiu 28%. As expectativas são de uma nova queda dos preços das casas, pelo menos até ao final de 2023, enquanto os níveis de confiança dos consumidores se mantêm baixos.
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Informações retiradas da: Bloomberg