Segundo dados coletados pelo QuintoAndar, divulgados na última quinta-feira (13), pela primeira vez desde 2020, São Paulo registra alta no terceiro trimestre no mercado de locação. Em comparação com o segundo trimestre do ano, o preço dos aluguéis subiu 2% entre os meses de julho e setembro, já em comparação a 2021 a alta foi de 16%.
De acordo com o índice, nos anos anteriores o desempenho no terceiro trimestre foi marcado pela queda no preço dos imóveis. No período da pandemia do Covid-19 (2020), a desaceleração chegou a 5,2% em comparação ao segundo trimestre do mesmo ano. Em 2021 as coisas melhoraram consideravelmente, embora tenha ocorrido uma queda de 1,1% ante abril, maio, junho do ano passado.
Em São Paulo o mercado segue aquecido. Dentro do período de 12 meses, o valor médio do metro quadrado subiu 16,9% e o preço médio dos novos aluguéis subiu 12,2%.
Já em setembro o preço médio do alguel em SP chegou a R$41,01, pelo 13° mês seguido. O maior valor da série histórica iniciada em 2019.
Os bairros mais valorizados da cidade de São Paulo no trimestre
Thiago Reis, gerente do QuintoAndar, ressaltou que o preço dos imóveis subiu devido ao aumento da demanda, principalmente nas regiões de faço acesso ao transporte público e centros comerciais. Em setembro, em comparação com agosto, houve valorização dos apartamentos de um quarto (1,5%), dois quartos (1,%) e três quartos (1%).
Os bairros com aluguel mais caro na cidade de São Paulo em setembro
Apesar dos aumentos consecutivos é possível negociar. De acordo com o QuintoAndar, a diferença entre o preço do anúncio e do contrato sumiu durante 4 meses seguidos, atingindo 10%.
As altas também podem ser um fator preocupante para a população, levando em consideração que os moradores da capital paulista gastam 31% da renda familiar com o aluguel. Vale ressaltar, que o limite recomendado por especialistas é de 30%.
Segundo Reis, uma forma de economizar é começar o processo de busca de imóveis com antecedência. Um estudo recente feito com dados de negociações concretizadas na plataforma revela que o desconto médio em imóveis alugados após quatro semanas é 30%, maior que aquele concedido para imóveis similares alugados nas primeiras duas semanas, e 75% maior que o desconto das unidades com contrato fechado em menos de sete dias.
Fonte: Exame