Os reguladores financeiros da China estão solicitando aos bancos que liberem pelo menos 600 bilhões de yuans (R$433,50 bilhões) em financiamento líquido nos últimos quatro meses. O pedido tem como intuito tentar resolver a crise que assola o mercado Chinês.
O Banco Popular da China (BPC) e a Comissão Reguladora de Bancos e Seguros (CBIRC) recomendaram que seus maiores bancos oferecessem pelo menos 100 bilhões de yuans, na forma de algum tipo de apoio financeiro ao mercado imobiliário.
O pedido aos bancos ainda não foi declarado oficial, são apenas comentários.
O PBOC, CBIRC, ICBC e China Construction Bank não responderam de imediato aos pedidos.
Recentemente, a China está usando como medida para conter a recessão, o incentivo aos governos locais a diminuírem restrições à compra e venda de imóveis, já os bancos devem atender as necessidades de financiamento razoáveis de incorporadoras, além disso, eles estabeleceram um programa para oferecer empréstimos especiais por meio de bancos de desenvolvimento, a fim de garantir que os projetos sejam entregues.
De acordo com o comunicado no site do Ministério das Finanças, o governo também tomou uma medida nada comum, nesta sexta-feira foi divulgado que as pessoas que comprarem novas residências dentro de um ano, a venda das antigas serão restituídas no imposto de renda.
Lentidão nos empréstimos
Embora a recomendação dos reguladores sejam válidas, os bancos estão receosos em fazer o empréstimo. Também é importante ressaltar que a meta de crédito é quase equivalente ao aumento dos empréstimos concedidos por todo o setor bancário no primeiro semestre.
Além dos empréstimos tradicionais para hipotecas e projetos imobiliários, os bancos também são incentivados a comprar títulos emitidos por incorporadoras e investir no programa de empréstimos para a entrega de projetos.
As medidas para apoiar o setor imobiliário ganharam ritmo recentemente. Na quinta-feira, o governo central permitiu que mais de 20 cidades reduzissem as taxas de hipoteca para a compra da principal residência, enquanto o banco central prometeu acelerar a construção de imóveis com mais créditos especiais.
Fonte: Valor Econômico