O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a Selic em 13,75% na última quarta-feira (21). A decisão era amplamente esperada pelo mercado.
E mais uma vez o mercado imobiliário mostra sua resiliência e permanece aquecido mesmo com a Selic alta. É o que mostra o levantamento da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), em parceria com a FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). De acordo com os dados, as contratações de financiamento imobiliário de unidades novas aumentaram 5% no primeiro semestre deste ano em comparação com 2021.
E isso tem uma boa razão de ser: a Selic alta não influenciou tanto assim as taxas de juros do financiamento imobiliário. Segundo a Abrainc, a taxa dos juros no financiamento imobiliário ficou em menos de 2% ao ano. E isso mesmo com a Selic tendo altas consecutivas..
O que acontece é que quando a taxa básica de juros estava em sua mínima histórica de 2% (em janeiro de 2021) os juros dos bancos estavam em 7%. Hoje estão a 10% – porcentagem que os maiores bancos já sinalizaram manter nos próximos meses, já a Selic se manteve em 13,75%.
Vendas também aumentaram
Porém não foram só os financiamentos imobiliários que cresceram devido à boa oferta de crédito. Os dados da Abrainc mostram um aumento de 103% em relação ao mesmo período do ano passado nas vendas de imóveis de médio e alto padrão.
O primeiro semestre de 2022 também foi superior na comercialização de imóveis novos (18% a mais) e na quantidade de lançamentos (alta de 3%). Assim, no total foram 87.655 novas unidades vendidas e 62.414 unidades lançadas nos primeiros seis meses deste ano.
Como aproveitar ainda mais o financiamento imobiliário
Apesar do bom momento do mercado, algumas dicas podem tornar o financiamento imobiliário ainda mais vantajoso.
- Lembre-se que quanto maior a entrada, menor será o montante para financiar e, portanto, os encargos com juros. Então procure juntar o máximo possível e reduzir o tempo de pagamento ou o valor das parcelas do financiamento imobiliário;
- O imóvel na planta tem a vantagem de poder parcelar a entrada. Mas é preciso atenção às parcelas intermediárias que acompanham o financiamento para não passar sufoco;
- O poder de barganha é maior no banco em que o você já tem um relacionamento. Faça simulações e converse com seu gerente para conseguir taxas melhores;
- Linhas de financiamento que utilizam o FGTS costumam ter taxas de juros mais baratas.
Fonte: Folha de São Paulo