De acordo com a análise feita pelo Índice QuintoAndar de Aluguel com base nos imóveis negociados pela plataforma, o preço do aluguel aumentou quase o dobro do IGP-M em São Paulo nos últimos 12 meses, até agosto.
Assim, o metro quadrado da locação residencial teve alta de 16,1%, enquanto o IGP-M aumentou 8,59% no mesmo período. Vale lembrar que o IGP-M, calculado pela FGV, é o índice tradicionalmente usado para o reajuste dos aluguéis. E o IPCA, que também tem sido usado para indexar os aluguéis, aumentou 10,7% até julho, última taxa divulgada.
Segundo o QuintoAndar, o preço médio do m² nos contratos de locação na capital paulista tem o maior valor da série histórica do índice, iniciado em 2019: R$40,58. Na comparação com julho, em agosto a variação do preço do m² foi de 0,9%. E a alta é de 11,03% de janeiro até agosto.
Já a plataforma Hiperdados mostra que o preço médio do m² nos lançamentos em São Paulo variou 13,29% em agosto, sobre os últimos 12 meses. O valor médio é de R$11.101, uma alta de 1,85% na comparação com julho. Com isso, a variação do preço do aluguel também é maior do que a dos lançamentos residenciais para venda.
A situação também é bastante semelhante no Rio de Janeiro. O aluguel acumulou aumento de 17,94%, após 12 meses consecutivos de alta, de acordo com dados coletados pelo QuintoAndar.
No Rio de janeiro nos últimos 6 meses (março a agosto), dos 23 bairros analisados 21 registraram alta no preço do metro quadrado, o equivalente a 91% das regiões analisadas. Em agosto, a capital registrou o 12º mês consecutivo de alta dos preços; em comparação com julho, a alta foi de 1,02%, atingindo a média de R$34,71 por m². O maior valor da série histórica do indicador, iniciada em 2019. Só neste ano, o preço médio dos novos aluguéis avançou 12,29%. Somente Pechincha (-5,7%) e Grajaú (-0,5%) foram os bairros que apresentaram desvalorização nos últimos seis meses.
De acordo com Thiago Reis, gerente de dados do QuintoAndar, o RJ apresentou aumento no valor do aluguel em todos os meses durante esse ano. O motivo dessa constante elevação ocorre devido a alta dos preços dos imóveis de um e dois quartos.
Embora o preço esteja salgado, há algumas formas de contornar a situação. O levantamento aponta que na hora de fechar negócio a solução está sendo negociar. No estudo foi registrado uma diferença entre o preço do anúncio e o do contrato de -9,47%.
Fonte: Valor Investe Imóveis e G1