O Prêmio Pritzker é uma das maiores honrarias concedidas anualmente para arquitetos vivos, também conhecido como o “Nobel de Arquitetura”. Existente desde 1979, foi apenas em 2004, com a iraquiana Zaha Hadid, que a premiação foi dada a uma mulher por sua significativa contribuição na área de Arquitetura.
As 6 vencedoras do Prêmio Pritzker
Depois dela, apenas mais cinco mulheres foram premiadas, sendo que três delas receberam o prêmio de forma coletiva, junto a sócios homens do mesmo escritório. Foram elas: Kazuyo Sejima (2010, com Ryue Nishizawa), Carme Pigem (2017, com Ramón Vilalta e Rafael Aranda), Yvonne Farrell e Shelley McNamara (2020) e Anne Lacaton (2021, com Jean-Philippe Vassal).
Em 2012, a chinesa Lu Wenyu, esposa e sócia do arquiteto Wang Shu no escritório Amateur Architecture, recusou a proposta de compartilhar o prêmio com ele. Em uma entrevista ao jornal El País, ela justificou a decisão: “Na China, se você fica famoso, não vive mais. Quero uma vida e prefiro passá-la com meu filho.”
A americana Denise Scott Brown também ficou de fora da premiação e não pode dividir a homenagem com o marido e sócio, Robert Venturi, apesar de trabalharem juntos a vida toda. Em 2013, diferentes organizações e personalidades se uniram para solicitar a inclusão dela no prêmio Pritzker, sem sucesso.
Conheça as únicas seis mulheres que já receberam no prêmio Pritzker na história.
1- Zaha Hadid (2004)
Zaha Hadid é uma das maiores arquitetas contemporâneas, conhecida como a “rainha das curvas” e inspirada pelo modernismo. Ela acreditava que o papel da arquitetura era despertar sensações e projetou construções em vários lugares do mundo, incluindo o Centro Aquático dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, o Eli & Edythe Broad Art Museum em Roma e a Guangzhou Opera House na China. Hadid nasceu no Iraque, mudou-se para a Inglaterra em 1972 e fundou seu escritório solo em 1980. Ela morreu em 2016 aos 65 anos.
2- Kazuyo Sejima (2010)
A arquiteta japonesa, Kazuyo Sejima, fundou seu próprio estúdio em 1987 e recebeu o prêmio em 2010 junto com seu sócio, Ryue Nishizawa, do escritório SANAA. Eles são conhecidos pela arquitetura limpa, precisa e fluida, utilizando materiais comuns de forma inovadora.
Projetaram obras em várias partes do mundo, incluindo o Rolex Learning Center, na Suíça, o Pavilhão de Vidro no Museu de Arte de Toledo, nos Estados Unidos, o New Museum of Contemporary Art, em Nova York e o Museu de Arte Contemporânea do Século 21, no Japão. Sejima se formou em Arquitetura na Japan Women’s University e foi nomeada Jovem Arquiteta do Ano pelo Japan Institute of Architects em 1992.
3- Carme Pigem (2017)
A arquiteta espanhola Carme Pigem e seus sócios, Ramón Vilalta e Rafael Aranda, receberam o prêmio em 2017 pelo escritório RCR Arquitectes. Eles se formaram juntos na Escola Tècnica Superior d’Arquitectura del Vallès, na Catalunha, em 1987.
Seus projetos abrangem diversos tipos de construções e são fortemente ligados à paisagem e cultura locais, destacando-se pelo uso criativo de materiais, formas, cores e jogo de luz e sombra. A Fundação RCR BUNKA foi criada em 2013 para apoiar a arquitetura, paisagem, artes e cultura na sociedade.
4- Yvonne Farrell e Shelley McNamara (2020)
As arquitetas irlandesas Yvonne Farrell e Shelley McNamara receberam o prêmio em conjunto em 2020, sendo pioneiras em uma profissão dominada por homens e referências para outras mulheres na área. Elas fundaram o escritório Grafton Architects em 1978 e trabalharam juntas por 40 anos, desenvolvendo projetos focados no respeito à cultura e contexto local, priorizando as funções e as pessoas que utilizam os espaços. Suas obras estão principalmente na Irlanda, mas também na Itália, França e Peru.
“Pioneiras em um campo que tradicionalmente foi e ainda é uma profissão dominada por homens, elas também são faróis para outras ao traçarem seu caminho profissional exemplar”, destacou o prêmio Pritzker em seu site.
5- Anne Lacaton (2021)
Anne Lacaton é uma arquiteta francesa que recebeu o prêmio Pritzker em 2021 junto ao seu sócio, Jean-Philippe Vassal. Eles fundaram o escritório Lacaton & Vassal em Paris, que se destaca por uma doutrina arquitetônica voltada à justiça social e à sustentabilidade, com o uso de materiais econômicos e ecológicos. A dupla atua tanto em novas construções como na transformação de edifícios já existentes.
“Eles não apenas definiram uma abordagem arquitetônica que renova o legado do modernismo, mas também propuseram uma definição ajustada da própria profissão de Arquitetura. As esperanças e os sonhos modernistas de melhorar a vida de muitos são revigorados através de seu trabalho, que responde às emergências climáticas e ecológicas de nosso tempo, bem como às urgências sociais, particularmente no campo da habitação urbana”, descreve o site do Prizker.
Quer continuar atualizado sobre o mercado imobiliário? Então se inscreva na nossa Newsletter. Todas as terças e sextas, às 7:15, nós enviamos no seu e-mail as principais notícias do mercado Imobiliário. Vejo você lá!
Informações retiradas da Casa e Jardim