Segundo o levantamento realizado pela Loft, o preço do metro quadrado em Belo Horizonte acelerou 1,5% em setembro em comparação com o mês anterior.
A startup ranqueou a valorização dos imóveis em dez bairros de BH e dentre eles, oito dos mais bem posicionados se encontram fora da região Centro-Sul.
O bairro Betânia alcançou o pódio, o metro quadrado subiu 17%. Em setembro quem comprou um imóvel nessa Região pagou cerca de R$4,9 mil por m², já no mês seguinte o preço alcançou R$5,7 mil.
Bairros com maiores valorização
Betânia | 17% |
Barro Preto | 14,8% |
São Paulo | 13% |
Cidade Nova | 13% |
São Francisco | 12,7% |
Estrela do Oriente | 12,5% |
Dom Bosco | 12,1% |
Silveira | 11,4% |
Padre Eustáquio | 10% |
Santa Efigênia | 9,9% |
No Barro Preto, na Região Centro-Sul, o preço do m² subiu quase R$ 1 mil na variação mensal, passando de R$ 6,5 mil para R$ 7,4 mil. O bairro é um dos mais caros da lista, atrás de Estrela do Oriente (R$ 8,1 mil/m²), Santa Efigênia (R$ 7,9 mil/m²) e Cidade Nova (R$ 7,8 mil/m²).
“Se a gente pegar a média de setembro na cidade, ela é 1,5% maior que a de agosto, e agosto também foi maior que julho, então temos dois aumentos seguidos, enquanto outras capitais como São Paulo e Rio tiveram ao menos uma queda nesse período”. Diz Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
Desvalorização
Embora o histórico de altas, alguns bairros apresentaram desvalorização
Milionários | -16% |
Conjunto Califórnia | -12,2% |
Glória | -9,4% |
Aeroporto | -9%8 |
Jardim Guanabara | -7,5% |
Vila Clóris | 6,9% |
Céu Azul | 6,8% |
Monsenhor Messias | -6% |
Floresta | -5,3% |
Santa Inês | -5,2% |
Estabilidade
Alguns bairros se mantiveram estáveis. Em Carlos Prates – Região Noroeste -, Belvedere e Savassi – ambos no Centro-Sul – registraram índices de estabilidade, com uma variação positiva de no máximo 0,2%.
O que influenciou os preços?
Fábio explica que a taxa básica de juros e outros fatores influenciam nos preços. “Tem muita importância a dinâmica local dentro de cada cidade, de cada bairro e dentro de microrregiões de cada bairro. Podem ser mudanças de infraestrutura, a oferta de determinados tipos de imóveis com maior procura, tudo isso vai afetar o valor do metro quadrado”.
“A gente entende que o mercado ainda está se acomodando após uma mudança importante em relação aos juros e à inflação. Em 2021, tínhamos juros baixos e inflação baixa; em 2022 a inflação aumentou e a taxa Selic aumentou. Então é difícil saber se o que estamos observando agora vai se estender por muito tempo ou se são variações pontuais”, conclui o gerente de dados e conteúdo da Loft.
Fonte: Estado de Minas